quinta-feira, 5 de março de 2009




Assaltos,homicídios,sequestros são termos relacionados a falta de segurança que vivenciamos no Brasil de hoje.Diante disso perguntamo-nos o por que dessa violência? e o que gera tudo isso?
O fato é que vários são os motivos que leva esse crescente índice de violência no Brasil.Poderíamos enumerar dezenas e dezenas de causas,mas através desse artigo vamos tentar analisar a politização da segurança publica e o que isso vem contribuir para a proliferação da violência.
Dois seqüestros que ocorreram em estados diferentes chamaram-me a atenção pelos seus desfechos.Um aconteceu no estado do Rio de Janeiro o outro aconteceu no estado de São Paulo.



“Segunda, 12 de junho de 2000, um homem embarca no veículo em frente do Hospital da

Lagoa, na Rua Jardim Botânico-Rj. Suspeitando de possível assalto, policiais militares num

veículo interceptam o ônibus em frente do Clube Militar, no Jardim Botânico. O motorista

salta pela janela. Um assaltante, sentado atrás do motorista, puxa uma arma e faz uma

mulher refém. Com a arma apontada para a cabeça de um dos oito reféns - uma mulher -, o

assaltante pede duas pistolas 45 e duas granadas, além de R$ 1 mil. A situação fica mais

tensa, com policiais tentando negociar com o criminoso. O assaltante dispara um tiro contra

jornalistas e policiais. Ninguém é ferido. O bandido põe o rosto para fora da janela e,

apontando a arma para a cabeça de uma garota, diz: "Vocês estão pensando que

isso é um filme? Não é, ela vai morrer."

Isso é uma breve narração sobre o que aconteceu naquele dia, lendo isso percebemos o terror que os reféns passaram na mão do bandido.Mas o que mais nos choca é o desfecho do ocorrido.

“Depois de horas de negociação o seqüestrador que já estava cansado resolveu acabar com

aquilo tudo,então abriu a porta do ônibus e com uma arma apontada para a cabeça de uma

das reféns, a professora Geisa Gonçalves,deixou o veiculo.Ao descer do ônibus foi

surpreendido pelas costas por um policial do BOPE que em uma distancia aproximadamente

de 2 metros alvejou tiros contra o seqüestrador errando todos e atingindo a professora

que morreu no local”


Esse seqüestro foi transmitido para todo mundo através das câmeras que ali estavam registrando todo o acontecimento. Observem que no texto existem partes destacadas, a ultima mostra a tragédia que deixou o país de luto e a primeira parte mostra que se houvesse interesse político em evitar a tragédia poderia ter evitado.Esse seqüestro aconteceu no ano de 2000,ou seja,ano de eleição.Durante o seqüestro o meliante por varias vezes pôs sua cabeça para fora do ônibus,logo se houvesse uma atitude técnica por parte da policia teria através do seus atiradores de elite alvejado o bandido e preservado a vida dos cidadãos.Porém vivemos no país da impunidade,no país que o interesse político esta acima de tudo e de todos,então naquele momento a policia não poderia realizar uma ação técnica,pois aquilo poderia prejudicar políticos que concorreriam eleições em semanas seguintes.
O segundo seqüestro aconteceu no Estado de São Paulo:
“Às 13h30, Lindembergue invadiu o apartamento da CDHU onde Eloá, Nayara e outros dois




amigos faziam um trabalho escolar.


Às 20 horas, o pai de um dos meninos, estranhando a demora do filho em voltar para a casa, foi




até o apartamento e acionou a Polícia Militar assim que descobriu o que ocorria dentro do imóvel


Às 21h15, um dos garotos foi liberado por Lindembergue


Às 23 horas o segundo garoto deixa o apartamento


14/10/2008


Pela manhã, Lindembergue fez três aparições nas janelas do apartamento. Por volta das 7 horas,




ele e uma das reféns apareceram na janela basculante do banheiro e, um pouco mais tarde, ele




voltou à janela com uma touca ninja acompanhado da outra jovem que ainda é mantida refém.


Às 15h50, uma das meninas apareceu na janela do banheiro e, em seguida, às 16h15, Alves




colocou uma camiseta vermelha em uma das janelas do apartamento.


Por volta das 16 horas Nayara foi libertada por Lindembergue


Às 23 horas: polícia interrompe negociações


15/10/2008


A polícia retomou as negociações com Lindembergue pela manhã.


Nesta manhã, Lindembergue apareceu na janela, colocou o revólver para fora, mas não disparou.


Segundo a polícia, desde a tarde de segunda, quando o apartamento foi invadido, ele disparou




quatro vezes contra as pessoas que estavam em frente ao local. Para evitar que os tiros




atingissem alguém, a polícia isolou a área.


Eloá, de 15 anos, recebeu comida pela janela no começo da tarde. A comida foi colocada em uma




trança de lençóis e puxada até o terceiro andar do prédio, pela janela do apartamento.


Nayara presta depoimento à polícia sobre o seqüestro.


Em entrevista à RedeTV, Alves afirmou que fez a menina refém pois “queria conversar”.


16/10/2008


Até as 2 horas desta quinta-feira, da Rua dos Dominicanos, era possível se perceber luzes no




interior do apartamento. Parte da claridade vinha do aparelho de TV, que foi desligado pelo




seqüestrador depois deste horário.


Por volta das 9 horas, Nayara, amiga da adolescente que foi solta na noite de terça-feira, voltou




ao apartamento para tentar negociar o fim do seqüestro.


Momentos antes, Eloá apareceu na janela do apartamento e Lindembergue Alves, de 22 anos,




estava atrás dela falando ao telefone. A nova tentativa de negociação foi frustrada e o pai de Eloá




passou mal e teve que ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).


O superintendente de futebol do São Paulo e vereador eleito pelo DEM na capital paulista, Marco




Aurélio Cunha, informou que iria para o local negociar com Lindemberg, mas foi impedido pela




polícia


17/10/2008


O metalúrgico Luciano Vieira da Silva, pai da estudante Nayara Vieira, de 15 anos, foi




“convidado” a se retirar da escola que abriga o QG da polícia. Ele queria saber notícias da filha.


Quatro soldados da Polícia Militar entraram em um apartamento vizinho ao de Eloá Cristina




Pimentel da Silva, 15 anos, onde ela e a amiga Nayara são feitas reféns em Santo André


O contato com o seqüestrador ficou suspenso desde a tarde do dia 16.


Às 4h50, desta sexta-feira houve troca de turno entre os policiais incumbidos de negociar com




Lindembergue.


Vinte minutos depois, alguns dos PMs aproximaram-se da porta de entrada do imóvel, mas, por




motivo ainda não informado, resolveram recuar. Durante toda a madrugada, a polícia não passou




informação alguma à imprensa, que é mantida longe do bloco onde fica o apartamento da vítima.


Às 18h08, policiais do Gate invadiram o apartamento onde Lindembergue Alves, de 22 anos,




mantinha Eloá, de 15, refém desde às 13h30 de segunda-feira. Eloá, baleada na cabeça e na




virilha, faleceu. Nayara foi baleada no rosto e não corre risco de morte.

Analisando os acontecimentos do seqüestro observamos que teve duração de 4 dias,nesses 4 dias imagine o que essas garotas passaram na mão desse bandido.Durante todo esse tempo o meliante por varias vezes se expôs e se mais uma vez a policia tivesse agido tecnicamente poderia ter evitado o desastre.Porem mais uma vez testemunhamos a politização da segurança publica.
Esse dois acontecimentos nos mostram que estamos totalmente sem segurança,que os interesses políticos valem mais que a vida de um cidadão.Depois de tudo isso fica uma única interrogação...

QUE PAÍS É ESSE??